sábado, 17 de outubro de 2009

Sabado do Terror no Rio de Janeiro

Traficantes obrigaram um helicóptero da Polícia Militar carioca a realizar um pouso forçado no Morro dos Macacos, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado. De acordo com a PM, a aeronave foi alvejada por vários tiros enquanto monitorava um protesto na favela e pegou fogo no ar.

Conforme a PM, o helicóptero explodiu ao tocar o chão, depois de o piloto ter feito o pouso forçado por volta das 10h. Quatro policiais estavam na aeronave. Dois deles ficaram presos e morreram carbonizados, segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Outros dois sofreram ferimentos e foram encaminhados ao hospital Andaraí.

A PM está no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, desde o início da manhã. Conforme os policiais, traficantes de uma facção rival, do Morro São João, teriam tentado invadir a favela, o que provocou tiroteio durante a madrugada.

Quatro mortos no tiroteio
Quatro pessoas morreram desde o início da madrugada no tiroteio entre os traficantes rivais. Segundo a PM, o confronto teve início por volta das 1h. No início da manhã, moradores iniciaram uma manifestação, queimando pneus e outros objetos na Rua Rua Visconde de Santa Isabel. Até as 11h deste sábado, o tráfego de veículos na via estava interrompido.

Durante o protesto, moradores teriam tentado invadir a carceragem da 20ª DP (Vila Isabel) com o objetivo de linchar presos de uma facção rival à do morro. Alguns vidros da delegacia chegaram a ser quebrados, mas o policiamento foi reforçado no local.

"Nós não consideramos uma tentativa de invasão. Na verdade, houve uma tentativa dos moradores de chamar a atenção da polícia. O que nós fizemos foi reforçar o policiamento", afirmou o cooordenador das carceragens da Polícia Civil, delegado Orlando Zacone.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bonnie e Clyde o casal de gangsters americanos


Bonnie e Clyde se conheceram no Texas em Janeiro de 1930.
Bonnie tinha 19 anos e era casada com um assassino preso. Clyde tinha 21 anos e era solteiro.Logo depois ele foi preso por roubo e enviado para a cadeia. Bonnie entretanto ajudou-o a fugir contrabandeando uma arma para dentro da pisão. Ele foi recapturado e enviado de volta a cadeia. Em 1.932 Clyde foi libertado e juntou-se novamente a Bonnie retornando para a vida do crime. Eles foram ligados a numerosos assaltos a Bancos e roubo de automoveis.
A eles foram creditados 13 homicidios e vários roubos e assaltos e chegaram a ser tema de filme Chegou a sequestrar o Chefe de Policia em Wellington no Texas e tentou assassinar o deputado em Carlsbad.
Em 1.932 eles começaram a viajar pelo Pais com Raymond Hamilton, um jovem pistoleiro, e em 1.933 o irmão de Clyde - Ivan Buck saiu da cadeia e juntou-se ao grupo. Com ele veio a esposa Blanche. Esta quadrilha fez uma serie de roubos e ocupou as Manchetes dos jornais.
Por incrivel que pareça, eles sempre conseguiam escapar dos encontros com os policiais que tentavam prende-los. Durante um tiroteio com a Polícia, em Iowa em 1.933, o irmão de Clyde foi ferido e sua esposa Blanche foi capturada.
Em 01 de Abril de 1.934, o xerife de Dallas, armou um cerco na estrada para pegar Bonnie e Clyde. Mas, eles escaparam dos tiros do policial e fizeram refem um advogado e fugiram no carro deste, abandonandodepois em Miami.
Em 16 de Janeiro de 1.934, eles foram a Prisão de Farm no Texas onde travaram um tiroteio com os guardas e conseguiram libertar Raymond Hamilton, que cumpria penas que totalizavam 200 anos. Dois guardas morreram e junto com Raymond Hamilton fugiu Henry Methwin da Lousiania.
Em 1.934 o FBI entrou na caça do casal, e começaram a seguir cada pista, distribuindo cartazes e oferecendo recompensa em caso de informações.
Os policiais souberam que Bonnie e Clyde estavam visitando a familia de de Henry Methwin. O FBI cercou toda a area. Informantes indicaram que Bonnie e Clyde tinham ido a uma Festa organizada pelos gansters da região em Black Lake na Lousiania em 21 de Maio de 1.934, e deviam regressar a casa dos Methwins.
Dezenas de policiais do FBI se esconderam sob os arbustos da Rodovia e esperaram por horas. Ao amanhecer surgiu o carro de Bonnie e Clyde e os policiais abriram fogo.
Clyde Champion Barrow e seu companheiro, Bonnie Parker, foram mortos a tiros por policiais em uma emboscada perto de Sailes, Bienville Parish, Louisiana, em 23 de maio de 1934, depois de uma das caçadas mais colorida e espetacular da Nação tinha visto até aquele momento .















terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Escuderia Le Cocq



A Scuderie Le Cocq foi criada para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, famoso detetive de polícia do Estado do Rio de Janeiro e integrante da guarda pessoal de Getulio Vargas
Ele foi morto por Manuel Moreira, conhecido como "Cara de Cavalo", marginal que atuava na Favela do Esqueleto onde se encontra atualmente a UERJ , na década de 60.
A escuderia transformou-se em associação e chegou a reunir sete mil associados e admiradores. Seu objetivo era a repressão ao crime. O grupo era liderado pelos chamados Doze Homens de Ouro", entre os policiais escolhidos na força de elite da polícia pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França, para "limpar" a cidade.
Um dos primeiros integrantes selecionados foi Guilherme Godinho Ferreira, o Sivuca, que mais tarde se elegeu deputado estadual com o bordão "bandido bom é bandido morto", pelo qual ficou conhecido até falecer. Segundo o próprio Sivuca, "o grupo foi criado para dar satisfação à sociedade". Eram agentes especiais, bem treinados, corajosos e aplaudidos por terem eliminado alguns dos piores bandidos da época, a começar pelo "Cara de Cavalo" , depois "Mineirinho", Lucio Flavio e muitos bandidos famosos dos anos 50 e 60, que foram mortos em suas próprias comunidades. Zé Pretinho, por exemplo, foi assassinado na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel . Bidá morreu no Morro do Querosene, no Catumbi, e Passo Errado, no Morro do Tuiuti , em São Cristovão .
Seu presidente de honra foi o ex-delegado de polícia e deputado estadual Sivuca, do
PSC. Segundo ele, as iniciais "E.M." no brasão da Scuderie Le Cocq significam "Esquadrão dos Motociclistas", divisão à qual pertencia o detetive Milton Le Cocq, e que protegia o presidente Getulio Vargas , e não Esquadrão da Morte.
No Espirito Santo
Partes da história da temida Scuderie Detetive Le Cocq podem ser recuperadas em dois extensos relatórios da Polícia Civil do Espírito Santo. Com os documentos, o Jornal Correio montou a trajetória do grupo acusado de comandar a violência no estado nos últimos 20 anos
A grande casa com varanda em Bento Ferreira, bairro de classe média alta da capital capixaba, servia de ]cenário para o ritual. Ali, mais especificamente numa sala improvisada para a cerimônia, apenas a voz poderia identificar os escudeiros, todos cobertos por capuzes e túnicas pretas. O iniciado da noite era trazido pelo padrinho, prestava juramentos e entoava o hino da organização em frente à espada e ao crânio humano. A bizarra solenidade descrita acima foi contada e recontada por testemunhas. Partes da história da Scuderie Detetive Le Cocq, a responsável pela cerimônia de iniciação, podem ser recuperadas nos inquéritos e relatórios sobre os envolvimentos de policiais, jornalistas, magistrados, promotores e políticos com o crime organizado no Espírito Santo. A simbiose entre política e crime invadiu os principais municípios capixabas, deixou o cidadão comum desamparado, provocou a queda de Miguel Reale Júnior do comando do Ministério da Justiça e forçou o governo a enviar uma força-tarefa para combater a bandidagem no estado. A partir dos inquéritos e relatórios, o Correio montou a trajetória da Scuderie do início da última década de 80 até os dias de hoje. Os principais documentos são dois relatórios com mais de 200 páginas do delegado Francisco Badenes Júnior, que, em 1995, pediu ao Ministério Público Federal a dissolução da organização. Num dos textos, consta a definição do cientista político italiano Norberto Bobbio para terrorismo. Há uma retificação a ser feita, entretanto, em relação à Scuderie. Os escudeiros, no Espírito Santo, nunca atuaram de forma clandestina. A organização tem sede e registro em cartório. Meninos de rua O delegado Badenes, o primeiro a escarafunchar as entranhas da Scuderie, hoje está em silêncio, acolhido num programa de proteção a testemunhas. Em 1991, ele investigou, em Vitória, execuções sumárias de mais de 30 meninos de rua. Os cadáveres de crianças entre 10 e 14 anos eram expostos nas principais vias de acesso da capital. Invertendo a lógica criminal, os assassinos faziam questão de mostrar os corpos das vítimas. As mortes dos meninos tornavam-se mais freqüentes nos momentos em que a associação de policiais promovia greves. Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se que os suspeitos dos crimes eram policiais e tinham algo em comum: todos eram associados a uma tal de Scuderie Detetive Le Cocq. Com os assassinatos dos meninos de rua, o então governador Albuíno Azeredo criou a Comissão de Processos Administrativos Especiais (CPAE) e Badenes acabou na chefia das investigações. As informações colhidas por Badenes serviram para indiciar integrantes da Scuderie no Espírito Santo. Na busca feita na sede da entidade, por exemplo, foram apreendidos fichários de sócios, atas de presença, coletes à prova de bala, uma réplica de crânio humano e chaveiros com o emblema da entidade — uma caveira com duas tíbias cruzadas e as iniciais ‘‘E.M’’, de Esquadrão da Morte. A partir da investigação, foi possível montar o organograma e os métodos de atuação da organização paramilitar. Métodos que se confundem com os usados pela máfia. No dia 5 de agosto de 1982,um grupo de bicheiros capixabas se reuniu para almoçar uma muqueca de peixe no restaurante da Enseada do Suá, em Vitória. Um dos convidados chegou atrasado e, com a desculpa de o carro apresentar um defeito, pediu o Dodge Dart do bicheiro Jonathas Bulamarques emprestado. Era uma cilada. O veículo foi devolvido antes do fim do almoço, mas trazia uma bomba armada. Depois de se despedir dos convidados, Bulamarques entrou no Dodge Dart, ligou o motor e o carro explodiu.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Crime da Mala



No Porto de Santos, litoral de São Paulo, em 1928, o navio de passageiros Massilia é carregado quando um incidente revela vestígio de sangue em uma mala.

A polícia é chamada.

Quando o baú é aberto, é encontrado o corpo mutilado de uma mulher.

Em uma das investigações policiais mais sensacionais de todos os tempos, a vítima é identificada e o assassino preso em menos de 24 horas.

O assassinato macabro vira manchetes dos jornais do Brasil e do mundo e fica conhecido como o Crime da Mala.

O ponto de partida da investigação policial foi uma etiqueta que indicava o nome da pessoa e o local onde a mala deveria ser entregue.

O navio Massilia seguiu viagem para a França, mas antes faria uma parada no Rio de Janeiro.

A caminho da cidade do Rio de Janeiro, o comandante do navio identificou três passageiros romenos que tinham embarcado a mala.

Os policiais interrogam os suspeitos e concluem que eles eram inocentes.

O investigador Ferreira da Rosa, de São Paulo, resolve reexaminar a mala a procura de pistas. Ele descobre que o suspeito comprou uma passagem São Paulo-Santos de ida e volta, mas ainda não tinha retornado.

Na mesma noite, o investigador conta todos os detalhes do caso ao chefe do gabinete de investigações de São Paulo, Carvalho Franco, inclusive que o corpo da mulher tinha sido levado de São Paulo até Santos de trem.

No dia seguinte o Crime da Mala é capa de todos os jornais.

Através do jornal, o dono de uma loja reconhece a mala e a corda que vendera dias antes.

Ele procura a polícia junto com um funcionário.

O delegado foi levado até a casa de apartamentos no centro de São Paulo e conversou com os donos do apartamento onde o suspeito morava. A mala pertencia ao italiano Giuseppe Pistone, que é preso horas depois em uma pensão no centro de São Paulo.

A polícia investiga a versão que ele contou sobre o crime e descobre que Pistone estava mentindo. Pistone conheceu Maria Féa em 1926 numa viagem de navio para a Argentina. Ela tinha ido morar em Buenos Aires com a mãe e os irmãos que tinham se mudado da Itália para a Argentina.

Pistone morava há três anos na Argentina e tinha ido visitar a família na Itália. Pistone seguiu para a cidade de Mar Del Plata, onde, segundo informações da polícia, foi preso por estelionato. Contra a vontade da família, Pistone e Maria Féa se casaram em fevereiro de 1928, em Buenos Aires.

Quatro meses depois, Maria estava grávida de um mês e eles decidiram morar no Brasil. Em agosto de 1928, eles chegaram a São Paulo.

Giuseppe Pistone procura Francisco Pistone, um parente distante que tem um comércio de vinhos. Pistone inventou uma história de que teria uma herança para receber e para impressionar o parente pediu que ele guardasse 15 mil liras.

Sem desconfiar de nada, Francisco ofereceu um emprego para Pistone. De acordo com a polícia, Giuseppe Pistone pretendia aplicar um golpe em Francisco. Com o passar do tempo, Francisco começa a desconfiar da história da suposta herança.

Maria Féa escreveu uma carta para a sogra dizendo que descobriu muita coisa incorreta que o marido havia feito.

Inclusive que Giuseppe mentiu ao senhor Francisco Pistone, dizendo que a mãe iria mandar-lhe 150 mil liras. Pistone matou Maria Féa, que estava grávida de seis meses, na tarde de 4 de outubro, porque ela descobriu o golpe que ele iria dar.

No dia seguinte, Pistone resolveu esconder o corpo da mulher.

Ele foi até a uma loja e comprou uma mala, que é uma espécie de baú, e uma corda.

Ele encheu a mala com roupas da mulher e tentou encaixar o corpo, mas não conseguiu. Ele, então, cortou as pernas dela com uma navalha.

Depois ele jogou duas caixas de pó de arroz sobre o corpo da mulher para disfarçar o mau cheiro. Pistone foi condenado a 31 anos de prisão.

Ele cumpriu 16 anos na penitenciária do estado e no presídio agrícola de Taubaté.

Em 1944, ele saiu da cadeia com uma autorização do então presidente da república Getúlio Vargas.

O Bandido da Luz Vermelha


São Paulo, década de 60.

Vestido de terno, colete, chapéu de feltro, luvas de couro, lenço para cobrir o rosto, lanterna com luz vermelha e dois revólveres, um ladrão solitário aterrorizou as noites da capital paulistana.

Só atacava mansões.

Roubava e obrigava as vítimas a cozinharem de madrugada para ele.

Estuprava e, às vezes, assassinava.

Começou a ser chamado de "Bandido da Luz Vermelha", referência a um assaltante e homicida norte-americano que ficou conhecido mundialmente, Caryl Chessman, que tinha este apelido e foi executado na câmara de gás de San Quentin, Califórnia, por 17 acusações de estupros e seqüestros. Chessman agia sempre sob uma Lâmpada vermelha igual dos carros de polícia e sempre alegou ser inocente.

O Bandido da Luz Vermelha brasileiro agiu impunemente durante seis anos. A polícia de São Paulo só o identificou após recolher um fragmento de impressão digital no vidro da janela de uma mansão assaltada: João Acácio Pereira da Costa, 25 anos. Era fascinado pela cor vermelha.

Dizia que era "a cor do diabo". Cometeu oficialmente 88 delitos: 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de morte.

Suspeita-se de que ele tenha estuprado mais de 100 mulheres.

As vítimas nunca deram queixa.

João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha", mantinha uma vida dupla. Nas folgas dos assaltos, era um pacato morador de um edifício na cidade de Santos, amável com os vizinhos. O apartamento era todo decorado de vermelho. Sempre viajava de ônibus de Santos para assaltar na capital paulista.

Gostava de imitar o jeito de se vestir e de cantar de Roberto Carlos, então no auge da Jovem Guarda, e usar ternos semelhantes aos Beatles.

Gastava o dinheiro dos roubos com mulheres e boates. Era apaixonado por filmes de faroeste: "Pistoleiros ao Entardecer", estrelado pelo ator inglês Randolph Scott, era o seu predileto.

Preso no Paraná, em 1967, foi condenado a 351 anos de prisão. Na cadeia, recebeu flores e bilhetes apaixonados de algumas de suas vítimas de estupro.

Em 1968,virou personagem do filme homônimo, do diretor Rogério Sganzerla. Cumpriu os 30 anos de prisão previstos na Constituição e foi libertado no final de 1997. Estava completamente desdentado ( tinha perdido 11 dentes) e sofrendo de sérios problemas psquiátricos.

"Luz Vermelha" foi assassinado com um tiro de espingarda quatro meses e cinco dias depois de ser solto, durante uma briga com um pescador na cidade de Joinville, Santa Catarina.


fonte: rede globo

Como funciona a mente do homicida?

Como funciona a mente de um homicida?
Esta é uma questão que está sempre presente quando pensamos na capacidade de uma pessoa em cometer crimes tão brutais.
Para resolver esta questão, a psiquiatria começou a ser usada há bastante tempo na tentativa de explicar a natureza desse comportamento extremamente agressivo.
Apesar de o assunto ser polêmico e gerar diversas discussões, fica claro que a análise tem um papel fundamental na execução de penas que representem a real periculosidade do criminoso.
Para esclarecer um pouco o papel da psiquiatria nesse contexto, foi realizada a Oficina de “Aspectos Psiquiátricos do Homicídio”, ministrada por Sérgio Paulo Rigonatti e Paulo Vasques Argarate, dentro da 1ª Jornada de Criminologia da Academia de Polícia de São Paulo, realizada na semana passada.
No começo do evento foram expostas informações sobre os diferentes tipos de doenças que podem ou não estar relacionadas com uma atitude maníaco-depressiva que desencadeia um crime.Após o esclarecimento sobre essas doenças (esquizofrenia, epilepsia, paralisia geral progressiva), houve um enfoque mais específico sobre os fatores que influenciam na construção da mente criminosa.
Ficou claro que a relação entre a doença mental e a psicopatia é apenas discreta, enquanto que um abuso de drogas e o isolamento são considerados aspectos muito mais importantes nesse desenvolvimento.
Os professores fizeram uma breve análise sobre alguns casos famosos, como o do ‘Maníaco do Parque’, do ‘Bandido da Luz Vermelha’, de ‘Suzane Richthofen’, e o casal assassinado ‘Liana e Felipe’. Esses crimes tiveram uma extrema dose de brutalidade, e as fotos ilustraram toda a barbárie cometida.
Laudo psiquiátricoAlgo que nos chama a atenção é a elaboração do laudo psiquiátrico que pode beneficiar ou prejudicar um criminoso condenado. Esse laudo é feito com um extenso acompanhamento para se estudar minuciosamente o assassino.
Alguns laudos não tiveram esse cuidado, como no caso de ‘Chico Picadinho’, que foi condenado há 30 anos após esquartejar uma vítima na década de 60. Depois de cumprir uma pena de 10 anos, Chico foi solto por “bom comportamento” e voltou a esquartejar outra vítima pouco tempo depois, retornando à Casa de Custódia e Tratamento
.Uma disparidade de opiniões e comportamentos impede que os psiquiatras consigam uniformizar os conceitos da suposta imputabilidade de um criminoso. A imputabilidade significa a junção entre a vontade de matar e a consciência do ato. O sujeito pode ser considerado inimputável se ficar provado que não tinha consciência do ato criminoso no momento da execução.
Opiniões
Como conclusão, o grupo propôs, durante a abordagem do tema, que uma lei especial sobre os serial killers seja criada para que o Código Penal tenha elementos suficientes para segurar um assassino, como o ‘Maníaco do Parque’ por exemplo, por mais tempo na cadeia, já que ele foi condenado a quase 150 anos por seus crimes mas só ficará 30 anos preso, de acordo com a legislação brasileira. Dessa forma, seriam evitados os casos como o de ‘Chico Picadinho’ ou do ‘Bandido da Luz Vermelha’, que foi morto em circunstâncias suspeitas após ficar preso por 30 anos no Carandiru, presenciando uma deterioração de sua própria mente.
A proposta pretende separar os casos de serial killers dos casos mais tradicionais, já que esses assassinos possuem um potencial de agressividade mais alto do que o normal. Ela definiria a análise do indivíduo não pela sua idade e sim por sua periculosidade e também criaria a figura jurídica do crime em série.
Por fim, consideraria o criminoso serial dentro da esfera de sua irrecuperabilidade.
Essa lei manteria o indivíduo caracterizado como semi-imputável ou que possua um transtorno psiquiátrico irreversível apartado da sociedade. Como se trata de um caso especial, o criminoso deve permanecer mais tempo na cadeia ou em tratamento, para não voltar às ruas como uma ameaça para a população.

Insetos ajudam a desvendar crimes

A cena de um crime contém muitos elementos que podem ajudar a contar a história de uma ocorrência e, muitas vezes, mostrar seus reais culpados. Até um inseto pode ajudar a elucidar um crime.
É isso o que, pela primeira vez, a Polícia Civil do Estado vai usar.
A chamada entomologia forense está começando a ser ensinada aos policiais paulistas e, no Interior, a região de Bauru é a primeira a ser treinada.
A entomologia forense é uma ciência aplicada que tenta determinar a data e até causas de morte de seres humanos através dos insetos que colonizam o cadáver. Vinte policiais da área do Deinter-4 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior-4), cuja sede fica em Bauru, são treinados de quinta até sábado.
O delegado Licurgo Nunes Costa, diretor do Deinter-4, explica que participam policias diretamente ligados à investigação de homicídios. “Eles se tornarão multiplicadores dessa nova técnica. Nosso serviço de inteligência vai ser aprimorado numa área de quase dois milhões de habitantes”, diz. Segundo ele, a Polícia Civil da região vai passar a observar com mais cuidado a cena de um crime.‘São provas mais valiosas’O coordenador do curso de entomologia forense, o perito criminal Edilson Nakaza, afirma que as informações coletadas com os insetos têm valor de prova numa investigação criminal.
“São provas na maioria das vezes mais valiosas do que depoimentos, já que são evidências científicas”, conta.
Nesta sexta-feira os policiais civis de Bauru e região vão ter aulas com a maior autoridade em entomologia do país, a bióloga da Unicamp, Patricia Jacqueline Thyssen, e no sábado executarão parte práticas de coleta e análise de insetos e larvas em uma chácara da Polícia Civil.
No dia-a-dia, esse material será enviado para análise em centros de estudos da Unicamp (Universidade de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) de Rio Claro. O trabalho é um convênio entre a Secretaria de Segurança Pública e o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) por meio da Academia de Polícia do Estado. Segundo o delegado coordenador do núcleo de ensino do Deinter-4, Luís Henrique Casarini, estão previstos 13 cursos, inclusive DNA forense e identificação veicular.Aplicações são amplasAs aplicações da entomologia forense também são variadas. Além de determinar o período de tempo entre a morte e o descobrimento do cadáver com a análise de larvas e insetos, a técnica também pode ajudar no combate ao tráfico de drogas.
A maconha, por exemplo, contém vários fragmentos de insetos e de solo.
Com a sua identificação é possível descobrir a origem da droga, já que determinados insetos só existem em algumas áreas, como na Bolívia ou Nordeste.Em crimes ambientais, o conteúdo do estômago dos insetos mortos também pode ser estudado para descobrir os agrotóxicos ou substâncias químicas presentes na região.Em mortes difíceis de encontrar a causa, Edilson Nakaza também explica que os insetos podem auxiliar. “Moscas próximas do cadáver podem, por exemplo, ser recolhidas para procurar vestígios de cocaína e pólvora nelas”, explica.As moscas são, muitas vezes, as primeiras a estar no local de um homicídio. Elas preferem um cadáver úmido para as larvas se alimentarem. Já os besouros são geralmente encontrados nos cadáveres quando se encontram mais decompostos.Capitão é salvo da prisão por larvasEdilson Nakaza lembra um caso célebre na Hungria que tirou um capitão da Marinha da prisão. Nos anos 90, ele foi incriminado por supostamente ter matado um passageiro de seu barco. O militar chegou a ser condenado à prisão perpétua. Após oito anos de cadeia, o caso foi reaberto e foram analisados os vestígios do crime, entre eles as larvas que estavam no cadáver. Foi provado que a vítima foi morta um dia antes do capitão estar no barco.

Reinaldo ChavesAgência Bom Dia

A Ciencia contra o Crime

A ciência contra o crime
Perícia do caso Isabella foi uma das mais detalhadas realizadas em São Paulo.
Especialistas elogiam os trabalhos.Por Cristina Christiano

Durante 22 dias ininterruptos, o Brasil praticamente parou para acompanhar atentamente o trabalho de um batalhão de peritos dos Institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML) de São Paulo em torno da morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni.
De repente, todos viraram investigadores.
Cada pessoa criou uma tese sobre o que teria ocorrido no apartamento 62 do Edifício London, na Rua Santa Leocádia, 138, Vila Mazzei, na Zona Norte. Nesse endereço, na noite de 29 de março, a menina de apenas 5 anos foi arremessada de uma janela do sexto andar.
O pai e a madrasta da criança, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, principais suspeitos, dizem ser “totalmente inocentes”. Porém, com equipamentos de última geração, como cromatógrafo (que permite a análise de amostras peque-nas, de meio milímetro, ou de uma gota de sangue) e o reagente de sangue não visível (luminol), peritos tiveram certeza de que o casal estava presente no local do crime.
Riqueza de detalhes. Foi um dos trabalhos mais detalhados realizados pela polícia de São Paulo, talvez só comparável ao desenvolvido durante o acidente com o Airbus da TAM, em julho de 2007.
Mesmo assim, no caso Isabella, os pormenores foram tão minuciosos que deixaram a população surpresa com tanta tecnologia de ponta.
Foram pesquisas em cima de pesquisas, testes e mais testes, várias noites de sono perdido para se ter uma conclusão com base em provas contundentes contra o casal. Uma delas pôde ser obtida a partir de marcas deixadas pela tela de proteção da janela nos ombros da camiseta de Alexandre. Os peritos testaram várias posições até provarem que só com um peso nas mãos era possível conseguir tais marcas.“O que está sendo visto atualmente em São Paulo vem comprovar a importância da perícia no desfecho de um crime”, ressalta o diretor do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Áureo Luiz Figueiredo Martins.Segundo Martins, com a tecnologia de hoje não se precisa mais de confissão para se condenar um suspeito.“Já existem equipamentos microscópicos capazes de permitir a análise até de microfibras de um tecido e de tudo o que está grudado nelas”, diz, referindo-se à descoberta de que na camiseta de Alexandre havia fiapos de náilon da tela.A rainha das provas“A prova técnica é algo irrefutável. É a rainha das provas, porque não muda de forma alguma. Já as testemunhas podem dar versões controversas durante o inquérito policial e o processo”, afirma o perito gaúcho. Para Martha de Souza, diretora do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, do Rio, os indícios da perícia paulista contra o casal são fortes e muito eficientes.“Eles (Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá) não têm como justificar o sangue da menina no carro. Além disso, o pai e a madrasta terão algum trabalho para explicar a razão de um criminoso se dar ao trabalho de usar uma toalha e uma fralda para limpar o rosto da criança”, conclui Martha.

Atestados de Antecedentes pela Internet

Arranjou um trabalho e precisa apresentar um atestado de antecedentes criminais para ser registrado na empresa?
Não se preocupe, porque o documento que certifica a ficha limpa na polícia pode ser retirado na hora pela página da Secretaria do Estado de Segurança Pública na internet (www.ssp.sp.gov.br). A coluna avaliou o site e os serviços online oferecidos à população.
A página é de fácil entendimento. Para retirar o atestado de antecedentes criminais, basta fornecer o nome completo, filiação, data de nascimento, número do RG e a data de expedição do documento. Em poucos segundos, o atestado é gerado é fica disponível para consulta e ser impresso.Vale lembrar, no entanto, que a pesquisa só pode ser feitas por pessoas que tenham documentos expedidos pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IRGD), ligada à Secretaria do Estado de Segurança Pública de São Paulo (SSP).
Pelo site da secretaria, é possível também registrar boletins de ocorrência.
Para facilitar a vida do cidadão, a Delegacia Eletrônica disponibiliza os links para furto de veículos, furto ou perda de documentos e celular, desaparecimento ou localização de uma pessoa. Para furto de veículo, a Delegacia Eletrônica promete que um policial entre em contato com o declarante, que pode ou não ser a vítima, em no máximo uma hora. Nos demais casos, incluindo os de desaparecimento de pessoas, o tempo em que o contato será feito não é especificado na página. Uma informação importante: quem faz o BO on-line não pode perder o número do protocolo fornecido. Isso porque só com ele é possível consultar o registro policial. A coluna tentou acessar uma BO de furto de celular realizado no dia 24 de dezembro do ano passado, mas, mesmo informando o número do CPF da vítima, sem protocolo, não conseguiu. A página permite ainda consultar multas do Detran e de pontos na carteira de habilitação. Também de forma prática e rápida.
ELES RESPONDEMBO on-line vai para delegacia
A titular da delegacia eletrônica, Cristina Bonilha, informou que essa unidade é responsável pelo registro dos boletins de ocorrência on-line. Segundo ela, cerca de uma hora após o usuário registrar a ocorrência, um policial da delegacia eletrônica entra em contato para confirmar os dados e finalizar o processo. Depois desse trâmite, o caso é encaminhado à delegacia da área, que prossegue com as investigações. Em caso de perda do número do protocolo, o usuário deve entrar em contato com a delegacia eletrônica e comunicar o ocorrido por meio de telefone ou e-mail.A Delegacia Eletrônica ainda divulga fotos de pessoas desaparecidas e de procurados pela Justiça. E informa o telefone do Disque-Denúncia, que funciona 24 por dia. Na capital e região metropolitana, o telefone é 181. Na região de Campinas, o telefone é (19) 3236-3040 (19) 3236-3040 . Para o resto do estado, basta ligar 0800-156315.
Em-agosto, a página da Secretaria de Segurança , recebeu, em média, 45.549 visitas diárias.

Crianças recebem presentes da Policia Militar



44º BPM/I
Crianças de três creches receberam presentesO 44º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), através da Seção de Comunicação Social, realizou, na manhã desta sexta feira (09), a entrega de 250 brinquedos em três diferentes creches municipais de Lins, distante 446 quilômetros da Capital. A campanha, realizada no início do mês de setembro, arrecadou cerca de 400 brinquedos, sendo que parte deles foi entregue para serem utilizados na própria creche. O evento contou com a colaboração de algumas lojas do município, mas, principalmente, pela solidariedade das pessoas que fizeram suas doações.
O esforço foi compensado devido à alegria e o sorriso estampados em cada criança que recebia seu presente. 44º Batalhão de Polícia Militar do Interior

Mulher acorda com o compadre na cama

Um cozinheiro foi detido por policiais militares, às 02h00 de domingo (11), em Rio Grande da Serra, a 37 km da Capital, suspeito de ter estuprado a mulher do seu amigo. Ele aproveitou que a mulher dormia sozinha e se deitou na cama da vítima. Quando acordou, a mulher o expulsou e chamou a Polícia Militar. O suspeito foi autuado em flagrante e se encontra numa carceragem da Polícia Civil. Uma mulher acordou na madrugada de domingo (11) e notou que o homem que estava na sua cama, apenas de cueca, não era o seu marido. Era o seu “compadre”, o cozinheiro M. F. P., de 31 anos, que havia ido a um forró com seu marido. Ela começou a gritar e acordou o cozinheiro, que tentou sufocá-la, apertando seu pescoço. A vítima reagiu e expulsou o cozinheiro da sua casa; em seguida, ligou para a Polícia Militar. Os policiais foram até a casa da vítima, que mora na Rua Bandeirantes, em Rio Grande da Serra. Ainda segundo a mulher, o cozinheiro havia saído com seu marido para ir a um forró, sábado (10) em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. Mas voltou primeiro, na madrugada de domingo e deitou em sua cama. Ela indicou aos policiais o endereço do suspeito, que é seu “compadre” e mora nas imediações.Voltou mais cedo Ao ser localizado, o cozinheiro confirmou que estivera na casa da mulher do seu amigo, mas que não fizera nada. Acrescentou que mantém um relacionamento com a vítima - quando sai com o marido dela, que é seu amigo, para ir a um forró, costuma retornar mais cedo e vai se encontrar com ela. Foi o que havia acontecido naquela madrugada, afirmou. A vítima, contudo, desmentiu essa versão, e foi levada a um hospital para ser medicada, pois tinha lesões no pescoço e no pé. O cozinheiro foi autuado em flagrante, por estupro tentado, na Delegacia Seccional de Polícia de Ribeirão Pires, e conduzido à Cadeia Pública de Santo André, na Grande São Paulo. O delegado plantonista solicitou exames médicos periciais para a vítima e acusado.

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